O reator nuclear desempenha um papel fundamental na geração de energia vinda de fissões nucleares. Sendo assim, os reatores podem ser considerados o coração de uma usina nuclear.
Apesar dos riscos e dos desastres que fizeram a má fama das usinas nucleares, elas apresentam vantagens significativas em relação as outras usinas de energia convencionais.
Além de não emitir gases nocivos ao meio ambiente e ser considerada uma energia limpa, a energia nuclear também é bem mais econômica e eficiente do que os demais tipos.
No entanto, as desvantagens também são reais e trazem a tona se realmente vale a pena investir nesse tipo de recurso.
Como ponto negativo principal, estão os lixos e resíduos radioativos que são gerados. Além de acidentes que podem ser catastróficos e fatais.
Conheça mais nos tópicos abaixo:
O que é um reator nuclear e para que ele serve?
No início, os reatores eram desenvolvidos para ações de guerra. No entanto, a partir dos anos 50 começaram a ser desenvolvidos e direcionados para usos civis, como a geração de energia elétrica.
Primeiramente, é importante entender que o reator nuclear é um tipo de instalação que inicia, controla e mantem fissões nucleares. As fissões são reações nucleares em cadeia que ocorrem constantemente no núcleo de um reator.
O dispositivo é formado por combustível nuclear, um líquido refrigerante, elementos de controle de fissão, materiais estruturais e um moderador nuclear.
O combustível nuclear mais comumente usado é o urânio. No entanto, é possível utilizar outros, como o plutônio.
Esse combustível alimenta o reator para garantir a continuidade de uma reação em cadeira entre prótons e nêutrons.
Dessas reações, é obtido o calor que aquece a água (ou outro elemento refrigerante) e produz vapor. O que alimenta assim as turbinas da usina e gera energia elétrica.
Sendo assim, podemos dizer que o funcionamento de uma usina nuclear é bem parecido com o funcionamento das usinas termelétricas.
Usos dos reatores nucleares
Além do uso em usinas nucleares para a geração de energia elétrica, os reatores também podem ser usados para:
- Produção de calor e energia térmica;
- Propulsão naval;
- Submarinos nucleares;
- Porta-aviões militares;
- Produção de plutônio, isótopos radioativos, nêutrons livres e bombas de nêutrons.
Quais os impactos ambientais de um reator nuclear?
As principais desvantagens do reator nuclear estão relacionadas ao lixo e resíduo oriundo de seu uso e os riscos de acidente.
Estes que podem ser fatais, assim como aconteceu em Chernobyl, na Ucrânia, em 1986. O lixo nuclear precisa ser cuidadosamente armazenado, pois seu risco de contaminação permanece por centenas de anos.
O desastre de Chernobyl marcou o mundo como um dos piores acidentes ambientais causados pelo homem, sendo o pior acidente nuclear da história.
De acordo com estudos desenvolvidos ao longo do tempo, cientistas concluíram que a área afetada pelo desastre continuará inabitável por até 120 mil anos.
A usina protagonista do acidente contava com 4 reatores nucleares de alta potência. Em 25 de abril de 1986, alguns protocolos de segurança foram quebrados e o reator ficou sobrecarregado. Resultando em uma cadeia de explosões em seu interior.
Por conta disso, o núcleo do reator ficou completamente exposto, lançando uma enorme quantidade de material radioativo na atmosfera.
De acordo com registros, cerca de 50 mil pessoas foram afetadas de alguma forma pelo acidente de Chernobyl – podendo ainda causar consequências futuras para o planeta.
Reatores nucleares no Brasil
Atualmente, o Brasil conta com duas usinas nucleares ativas – Angra 1 e Angra 2 – localizadas em Angra dos Reis, nas áreas turísticas entre São Paulo e Rio de Janeiro.
As duas usinas produzem juntas cerca de 1800 MW de energia. Representando 3% da energia elétrica consumida no país.
Em relação ao tipo de reator nuclear usado nessas usinas, especialistas afirmam ser o mais seguro de todos.
Enquanto os reatores de Chernobyl utilizavam grafite (responsável pelo incêndio no acidente) como refrigerador, as do Brasil utilizam água pressurizada.
Além das medidas de segurança essenciais, o Brasil também conta com um plano de evacuação em um raio de 3 km em caso de emergência.
No entanto, as chances de qualquer acidente são mínimas, já que o país não conta com fatores que possam estimular esses eventos como, por exemplo, terremotos e maremotos.
Esperamos que nossa matéria tenha facilitado seu entendimento sobre o funcionamento de um reator nuclear e seus usos.
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