Sabemos que a inclusão social visa combater a restrição de acesso aos benefícios da vida em sociedade, provocada pelas diferenças de classe social, educação, idade, deficiência, gênero, preconceito social ou preconceitos raciais.
Ou seja, propõe-se oferecer oportunidades de acesso a bens e serviços de forma igualitária a todos, independente de suas diferenças. Então, de maneira simples, a inclusão é um reforço de respeito à diversidade humana.
Um dos passos para a inclusão social está na educação. Quer saber mais sobre? Continue lendo abaixo.
O que é Educação Inclusiva?
Primeiramente, é importante saber que: Educação Inclusiva pode ser resumida como uma reviravolta que consiste no fim da segregação: iguais x diferentes.
Isso porque é uma educação voltada para a cidadania global, plena, livre de preconceitos e que reconhece e valoriza as diferenças. Afinal, as diferenças sempre existiram e precisam ser tratadas sem preconceito. A inclusão, portanto, promove a diversidade.
A ideia da inclusão é mais que somente garantir o acesso à entrada de alunos e alunas nas instituições de ensino. O objetivo é eliminar obstáculos que limitam a aprendizagem e participação discente no processo educativo.
A educação brasileira nas últimas décadas, diante de um crescente movimento mundial de Educação Para Todos, fez importantes avanços no campo das políticas educacionais voltadas para a garantia do acesso e da permanência na escola.
A Política Nacional da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, elaborada pelo MEC em 2008, por exemplo, define princípios e ações que devem ser implementados para garantir a escolarização regular e o Atendimento Educacional Especializado para todos os alunos.
No decorrer deste período, o país teve algumas conquistas valiosas, inclusive o crescimento de matrículas nas classes comuns do ensino regular. Um ambiente que segregava agora pretende unir.
Além disso, para apoiar os professores a incluir as crianças com deficiência, as escolas de educação infantil podem contar com o atendimento educacional especializado (AEE).
E não menos importante, o uso de termos adequados para se referir a pessoas com deficiência é fundamental para não perpetuar conceitos equivocados ou ultrapassados.
O que faz um professor de apoio?
A inclusão aponta para uma inserção escolar de forma radical, completa e sistemática. Todos os alunos, sem exceção, devem frequentar as salas de aula do ensino regular e ter acesso a ferramentas e professores capacitados para o aprendizado.
Para isso, o professor de apoio acompanha o aluno com deficiência na sala de aula comum, ajudando a fazer uma ponte entre o AEE e a escola.
No caso de um aluno cego, por exemplo, o profissional irá ajudar o aluno com o braille dentro da sala de aula comum. Se o aluno é autista, esse professor de apoio deve entender de autismo e métodos de intervenção como o ABA, por exemplo. Se o aluno é surdo, o professor de apoio deve ser um intérprete de LIBRAS. Isso é previsto em lei.
De acordo com a Lei nº 9.394/1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) já havia previsto a figura dos profissionais especializados. Por isso é importante que o professor de apoio tenha uma formação profissional específica para as necessidades do aluno que irá atender.
É importante entender que, no caso do aluno surdo, não é o professor de apoio que vai ensinar LIBRAS. A responsabilidade por ensinar LIBRAS é do Atendimento Educacional Especializado, mas o professor de apoio vai ajudar o aluno surdo usando LIBRAS para aprender o currículo proposto pela escola.
Ou seja, a educação inclusiva não é a escola comum sozinha, mas uma parceria entre a escola comum, o professor de apoio e o atendimento educacional especializado.
Como falar sobre inclusão corretamente?
É muito comum vermos as pessoas ainda hoje utilizando a expressão PNE (Portador de Necessidade Especial), Pessoa deficiente, Pessoa Portadora de Necessidades Especiais, tanto na forma escrita quanto na falada. Mas você sabia que estes termos não devem mais ser usados?
Desde o dia 03 de novembro de 2010, o termo “Pessoa portadora de Deficiência” foi substituído, segundo o que confirmava a tendência mundial, por “Pessoa com Deficiência”. (Portaria da Presidência da República – Secretaria de Direitos Humanos, Nº 2.344, de 3 de novembro de 2010).
O termo PNE foi alterado porque a deficiência não é algo que se porta, não é um objeto, a pessoa tem uma deficiência, faz parte dela.
O termo recomendado hoje é a sigla PcD, que significa “pessoa com deficiência” ou “pessoas com deficiência”. Não há necessidade de se colocar “s” quando usamos o plural, e o “c” é sempre minúsculo.
Então precisamos usar o termo correto para não cometer preconceitos desde a forma de tratá-los.
Algumas dicas de inclusão
É muito importante não esquecer que pessoas com deficiência, antes de qualquer coisa são pessoas. Portanto, não use as palavras: especial, vítima, excepcional, paralítico, mudo, retardado, mutação, sofrer, anomalia, problema, condenado, entre outras.
As pessoas se preocupam ao falar para não discriminar, mas às vezes superestimam as pessoas com deficiência. Por isso, não reforce estereótipos como: trabalhadores com deficiência são mais esforçados; pessoas com síndrome de Down são anjos, ingênuos e carinhosos; funcionários cegos têm muita sensibilidade, etc.
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