Se você gosta de acompanhar os lançamentos das plataformas de streaming, deve conhecer a nova série da HBO Max inspirada em um jogo: The Last of Us. Na série, os telespectadores são teletransportados para um futuro pós apocalíptico, em que a civilização entrou em colapso após uma pandemia causada por um fungo.
Mas fora das telas, será que esse fungo é mesmo real? E se for, o quão perto estamos dele? Acompanhe o artigo para descobrir!
O fungo na ficção
A série The Last of Us é inspirada numa franquia de jogos de videogames que foi lançada na última década pela produtora Naughty Dog.
A história tem como protagonistas Joel (Pedro Pascal), um contrabandista, e a adolescente Ellie (Bella Ramsey), que está sendo escoltada por ele. Ambos estão imersos em um futuro pós-apocalíptico onde fungos são capazes de controlar a mente das pessoas e transformá-las em uma espécie de zumbis.
A problemática da série teve início em setembro de 2013 através de alimentos contaminados com o fungo que vinham da América do Sul. Em poucos meses, mais de 60% da humanidade já tinha sido morta ou estava infectada.
Desse modo, a infecção pelo fungo Cordyceps tem quatro estágios. No primeiro, a vítima perde controle sobre o cérebro e começa a ter um comportamento agressivo. Depois de duas semanas, há perda da visão.
O próximo estágio é a destruição da face e, na fase 4, que pode demorar até uma década, o fungo mata o hospedeiro e libera os esporos, que podem infectar outras pessoas.
Assim, ao saber que esse fungo existe sim fora das telas, alguns telespectadores já ligaram o sinal vermelho. Mas calma, que na vida real, a coisa é diferente!
Fungo que foi inspiração para The Last of Us
Existem milhares espécies dentre os fungos Cordyceps. Entre elas, está a Ophiocordyceps unilateralis sensu lato, que foi a inspiração para a infecção em The Last of Us. Essa espécie já foi encontrada em regiões da Mata Atlântica.
Porém, se em The Last of Us o maior medo era que esses fungos encontrassem os seres humanos, na vida real, a Ophiocordyceps é capaz de invadir apenas o organismo de insetos.
Com isso, podem controlar o sistema nervoso deles e levá-los para um lugar mais alto, onde os esporos do microrganismo se espalham com facilidade.
Mas as similaridades com a série ficam por aí. Ainda que outros fungos estejam se tornando uma preocupação nas últimas décadas, esse patógeno em específico não consegue fazer o mesmo com seres humanos.
De onde saiu a ideia de usar um fungo real?
Em entrevistas, os criadores da história, Bruce Straley e Neil Druckmann, disseram que a inspiração para a série veio em por um episódio de um documentário Planet Earth da BBC, que detalhou os efeitos assustadores do fungo Cordyceps.
Logo, Neil Druckmann se pegou pensando “E se isso afetasse os humanos?”. Assim surgiu a ideia para o game. “Seria um destino pior do que a morte, ter sua mente ainda ali, mas algo controlando o seu corpo”. E não é que a ideia deu certo?
Como esse fungo funciona na vida real?
A Ophiocordyceps unilateralis sensu lato se espalha dentro do corpo de uma formiga entre 24 e 48 horas, fazendo com que seus neurônios motores sejam afetados, transformando-a em uma espécie de “zumbi”, se assim pode-se dizer.
Assim como no jogo, a infecção pode se espalhar através de esporos de um determinado ambiente. Desse modo, mesmo que o cérebro do hospedeiro permaneça funcional, o parasita o controla até atingir o sistema nervoso central, o que pode levar até duas semanas após a infecção.
Após esse período, o inseto morre, permitindo que o fungo inicie um novo ciclo de proliferação através dos esporos.
Contudo, vale ressaltar que apesar de ser um pouco assustador, nem todos os fungos são ameaçadores, também por isso é interessante diferenciar a ficção da realidade. Afinal, existem muitos fungos que possuem diversas funções importantes na medicina e no meio ambiente.
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