Até 1893 todas as decisões políticas dos países democráticos eram tomadas exclusivamente por homens pertencentes à elite. A fim de mudar esse cenário, as cidadãs neozelandesas foram à luta pelo direito ao sufrágio (voto), dando início ao movimento sufragista.
Acompanhe o artigo para entender como o movimento aconteceu e quais os reais objetivos por trás de tudo.
O que foi o sufrágio feminino?
O movimento sufragista aconteceu em vários países do mundo entre o final do século XIX e o início do século XX.
Seu objetivo era promover a participação ativa das mulheres na política através do direito ao sufrágio: votarem e serem votadas.
No início das eras democráticas o sufrágio feminino foi negado, em razão de uma organização sexista da política que queria manter o domínio político nas mãos de homens afirmando que as mulheres eram incapazes de atuar nesse meio.
Além disso, o movimento sufragista também é considerado a representação da primeira onda do feminismo. Isso porque essa luta histórica visava a igualdade de gêneros focalizada na política.
A luta das sufragistas:
Ainda que o movimento seja datado em 1897, as discussões acerca dos direitos políticos femininos já existiam um século antes.
Em 1791, a escritora Olympe de Gouges publicou a “Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã” onde criticava a “Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão”. Com esse feito, a escritora foi sentenciada à morte acusada de trair os novos ideais do país que estava passando por uma nova revolução.
Um pouco mais à frente, em 1903, surgiu a União Social e Política das Mulheres. Com isso, o movimento sufragista ficou mais radical e intenso. As sufragistas atuavam com campanhas publicitárias, manifestações e greves.
Além do direito ao voto, as mulheres que haviam estudado estavam reivindicando os direitos à educação, trabalho em suas áreas de formação e ao divórcio.
Tornando-se o maior ápice dessa luta, o movimento sufragista foi marco na história do feminismo como o primeiro movimento pela luta contra o sexismo.
Com esses confrontos, a polícia acabou prendendo muitas sufragistas e as próprias líderes dos movimentos foram presas diversas vezes por uma ordem governamental que visava parar esses movimentos.
Contudo, isso não fez com que elas parassem ou desistissem da luta.
Os primeiros resultados ao redor do mundo:
Em 1893 na Nova Zelândia e em 1906 na Finlândia o voto feminino foi aprovado e isso apenas motivou as mulheres a continuarem a luta. Essa era a prova de que as manifestações estavam funcionando e que precisam continuar buscando seus direitos.
Um pouco mais a frente, em 1918, o Reino Unido autorizou o voto apenas para mulheres acima de 30 anos e donas de propriedades. Dois anos depois, nos Estados Unidos, o movimento sufragista teve vitória. Na França o resultado veio apenas em 1945, sendo então um dos últimos países europeus a dar essa autorização.
Vale ressaltar que, a conquista do voto feminino foi primeiro dado a mulheres brancas. Alguns estados dos EUA, por exemplo, apenas autorizaram o voto de mulheres e até homens negros mais de 40 anos depois.
E como foi o movimento sufragista no Brasil?
O movimento sufragista brasileiro também começou no século XIX. Contudo, o voto feminino foi negado com a alegação de que isso poderia destruir a “família brasileira”.
Na Revolução de 30 o Brasil permitiu que mulheres com mais de 21 anos votassem e fossem votadas mediante autorização de seus maridos ou, em caso de serem solteiras ou viúvas, que tivessem renda própria.
Como parte da medida de reforma eleitoral de Getúlio Vargas, em 1932 as mulheres conquistaram o direito ao voto.
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