Se você é um frequente usuário das mídias sociais e do compartilhamento de informações (Whatsapp e semelhantes), já deve estar familiarizado com o termo “forninho”, já aprendeu dancinhas do Tik Tok ou até mesmo já cogitou a hipótese de colocar o nome da sua próxima filha de “Jenifer”. Todos estes exemplos dão uma amostra clara do poder de um vídeo viral. Mas o que ele é e quais são os mecanismos necessários para criá-lo? É o que iremos entender agora.
O que é um viral e como ele se estrutura?
O termo “marketing viral” surgiu no ano de 1997, através de um artigo do então estudante de Harvard Tim Draper. Ele tinha percebido naquela época uma ação muito peculiar do Hotmail.
No fim de cada email enviado dentro da ferramenta, era colocada a frase: “Get your private, free email at http://www.hotmail.com”. Algo como “obtenha seu e-mail particular e gratuito”. Isto conferiu um potencial de viralização único naquele momento, trazendo grandes benefícios na conquista de market share, sobretudo.
Mas como podemos definir um viral? De maneira objetiva, são conteúdos que geram um alto grau de engajamento do usuário. Como consequência, é gerada uma transmissão automática para outro usuário, criando justamente esta ideia atrelada a um vírus.
Lembrando que esta “viralização” não ocorre apenas com vídeos, mas com todo o tipo de conceito que basicamente pode ser passado facilmente para outra pessoa.
A estrutura de um vídeo viral foi indiretamente analisada em um estudo sobre o comportamento humano datado em 1958. Escrito pelo Dr. Will Shultz, a obra “OFRI: Uma teoria tridimensional do comportamento humano” aborda as três necessidades colocadas como primordiais para todo o ser humano. São elas:
- Controle (para nos sentirmos seguros, temos que ter a noção que estamos no controle);
- Afeto (a sensação de compartilhar algo com alguém reflete basicamente um carinho e apreço, por esta pessoa);
- Inclusão (o ser humano é um ser social, no fim das contas).
Para criarmos um viral eficaz, que toque na premissa de se trabalhar as emoções humanas profundamente (sejam elas cognitivas ou primitivas), basta atingir pelo menos um dos fundamentos citados acima. Sendo assim, garantimos o potencial viralizador para o conteúdo.
Como as marcas criam e usam os virais ao seu favor?
É quase uma unanimidade que os virais ofereceram uma oportunidade de ouro para as empresas atingirem um determinado objetivo de marketing ou de negócios. No entanto, poucas empresas entendem necessariamente como criar virais que sejam pertinentes a alma da sua marca. Abaixo, listamos cinco principais formas de como fazer isto:
1- Emoção positiva
Certamente você deve ter sentido uma sensação muito boa ao ver aquele vídeo fofo de bebês ou de gatinhos no Youtube. A emoção atrelada a sensação de afeto é um fator contundente e que influencia diretamente na viralização deste tipo de conteúdo.
2- Medo
Aquele vídeo que causa receio ou até mesmo calafrios, como a escalada de um arranha-céu ou uma montanha-russa radical, causa um natural choque no início. Mas depois, mais calmos, temos a ação natural de compartilhar este vídeo “inacreditável” para os nossos amigos.
3- Humor
O vídeo do “forninho” que viralizou e rendeu diversas paródias divertidas, é um bom exemplo de que fazer rir é uma das formas mais simples e fáceis de se viralizar algo.
4- Inspiração
Uma história de luta ou superação de vida faz com que as pessoas naturalmente tenham afeto pelo indivíduo em questão e, consequentemente, pelo conteúdo em si. Deste modo, a disseminação torna-se quase que inevitável.
5- Nostalgia
Lembrar daquele seriado que marcou gerações, ou de uma música que fez muito sucesso no passado, contribui para que um sentimento de inclusão possa ser gerado. Sendo esse um conteúdo que facilmente pode ser compartilhado.
As marcas perceberam que os virais impactam significativamente a sociedade. A rapidez da difusão de informação e ideias é ponto chave para que as organizações utilizem cada vez mais produtos virais. Sejam para divulgar um determinado produto e/ou serviço, ou até mesmo fortalecer positivamente um posicionamento de marca.
No entanto, é necessário notar também que a utilização de vídeos virais que não tenham aderência ao propósito da marca pode ser um tiro pela culatra. Abordar assuntos complexos ou fazer virais levando em conta situações negativas também não são aconselháveis. Em suma, a empresa deve sempre estar atenta para que o viral não seja vinculado a nenhuma ideia negativa.
Agora é com você: fale nos comentários qual é o seu viral favorito. Esta pergunta pode ser o seu primeiro passo para entender o “Marketing Estratégico”, presente na graduação em Marketing.
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