A educação é tida como um direito humano e deve ser oferecida a todos. Para alcançar esse objetivo, diversas práticas têm sido estudadas para que aconteça a verdadeira inclusão no ambiente escolar. Sendo assim, os modelos de integração e inclusão foram criados, aprimorados e inseridos na escola.
Continue a leitura e entenda a diferença entre os dois!
Qual a diferença entre integração e inclusão?
A ideia da integração parte do princípio de que as pessoas com deficiência devem ser inseridas na sociedade conforme sua capacidade de adaptação a ela. Ou seja, no ambiente escolar que seguia o modelo de integração, o aluno com deficiência era separado dos demais e estudava em uma sala exclusiva, com um professor o instruindo. O objetivo, então, era que o aluno com deficiência “alcançasse” os outros da série regular.
Logo, integrar exige um esforço unilateral, na tentativa de encaixar essas pessoas com necessidades em políticas, métodos de ensino e demais fluxos já existentes e que, na maioria das vezes, não apresenta o suporte necessário para elas. Um exemplo, é que a prática não permitia com que o aluno com deficiência interagisse com os demais alunos, fazendo com que criasse uma barreira entre eles.
Já a inclusão está relacionada ao incentivo à diversidade, de maneira que a sociedade participe ativamente no processo de mudança para o acesso daqueles que se encontram em desigualdade. Tendo como objetivo a equidade e a realização de ações para sanar as necessidades de cada indivíduo.
Sendo assim, a escola ofereceria metodologias que consigam promover o acolhimento do aluno com deficiência para que ele desenvolva, junto dos demais, seus conhecimentos. E o principal: que o faça se sentir parte da comunidade.
A Educação Especial antes da Inclusão
Durante muito tempo a educação especial foi tida como uma modalidade de ensino para aqueles com deficiência física ou mental. Inicialmente presente apenas em escolas especiais ou instituições privadas, pois não se via esses indivíduos como pessoas capazes de aprendizagem. Logo, não havia abertura para que eles estivessem nos mesmos ambientes que os demais alunos.
Foi assim que espaços destinados exclusivamente às pessoas com deficiência (PCD) ganharam força.
O problema é que, por mais que esses espaços suprissem um déficit inicial, essa separação também contribuía para a segregação.
Por esse motivo, o desenvolvimento de um modelo mais democrático e que estimula o envolvimento do aluno foi estruturado. E veio a inclusão! Mas esse novo modelo só ganhou foco após a Declaração de Salamanca, em 1994.
A partir desse momento, não apenas as pessoas com deficiência seriam contempladas pela Educação Especial, mas também, qualquer indivíduo com dificuldade de aprendizagem, seja por qual razão fosse.
Assim, passou-se a englobar pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento, alta habilidade e superdotados.
Princípios da Educação Inclusiva
Com o objetivo de tornar a educação acessível à todos, levando em consideração o tipo e ritmo de aprendizagem, a Educação Inclusiva se baseia em 5 princípios:
- Toda pessoa tem o direito de acesso à educação;
- Toda pessoa aprende;
- O processo de aprendizagem de cada pessoa é singular;
- O convívio no ambiente escolar comum beneficia todos;
- A educação inclusiva diz respeito a todos.
Igualdade ou Equidade?
Apesar de falarmos muito sobre igualdade, é importante lembrar que, na verdade, nossa busca vai além. Afinal de contas, como citado acima, o aprendizado é diferente para cada um.
E se é algo individual, não faz o menor sentido esperar que o mesmo material didático, por exemplo, sirva para todos os alunos de uma turma inclusiva.
Logo, para que a inclusão aconteça de maneira eficaz, é necessário que as instituições estejam preparadas para atender a cada necessidade do aluno de forma específica, permitindo a todos o acesso às mesmas oportunidades, como diz o princípio da equidade.
Principais desafios no Brasil:
Mesmo com grandes evoluções desde o início da sua implantação, a Educação Inclusiva ainda enfrenta muitas dificuldades no Brasil.
Vamos entender melhor essas problemáticas e conhecer algumas boas práticas.
Infraestrutura escolar
Um dos principais desafios para o cumprimento de um ensino mais inclusivo é a falta de infraestrutura das instituições brasileiras. São muitas as escolas que não possuem rampas de acesso, banheiros adaptados, piso tátil e outros equipamentos que permitiriam a circulação de todos os alunos.
A ausência desses itens impede que muitas escolas possam receber alunos especiais. E o ensino público sofre ainda mais com a falta desses recursos, o que implica no aumento da desigualdade social, visto que muitas famílias de baixa renda têm no sistema público de ensino sua única alternativa de educação.
Preconceito
O preconceito é outro fator que impede o bom funcionamento da Educação Inclusiva. Ao enxergar o outro como inferior ou alguém não merecedor de respeito, práticas como o bullying escolar, tornam-se mais evidentes.
Qualificação profissional
Faltam profissionais qualificados para suprir a demanda do mercado atual! Com isso, os poucos educadores especializados sentem-se sobrecarregados ao terem que cumprir o acompanhamento aos alunos especiais e, ainda, às outras funções do ensino regular.
Portanto, se alguns alunos exigem um maior acompanhamento para seu desenvolvimento, esse acúmulo de responsabilidades prejudica não apenas os educandos com necessidades especiais de ensino, mas também os demais assistidos e até mesmo o próprio educador.
Boas práticas para uma educação inclusiva:
Sabendo dos obstáculos que enfrentamos, fica mais fácil entender como contornar algumas dessas situações.
Para que a educação inclusiva esteja cada vez mais presente nos ambientes escolares, podemos incentivar algumas práticas, como por exemplo:
- Respeitar os diferentes tipos e ritmos de aprendizagem;
- Promover o debate sobre inclusão entre todos os colaboradores da instituição escolar;
- Dar mais foco às habilidades do aluno, que suas dificuldades;
- Encorajar a capacitação do corpo docente.
São ações simples, mas que fazem a diferença no dia a dia da educação inclusiva.
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