Com a vida tão agitada, memorizar o que se lê é um desafio cada vez maior. Contudo, lá em 1885, a memorização já era uma pauta tratada pelo psicólogo alemão Hermann Ebbinghaus. A chamada “curva do esquecimento” afirma que cerca de 50% do que lemos é esquecido, caso não seja revisado.
Mas, claro, compreender que é normal se esquecer não é o objetivo desse texto, mas sim dar dicas de como enfrentar essa problemática e lembrar do que se lê.
Memorização e a curva do esquecimento
Antes de mais nada, vamos entender brevemente o que é a tal “curva do esquecimento” e como ela acontece.
Ebbinghaus, psicólogo alemão, apontou em 1885 que quanto mais o tempo passa, mais nos esquecemos do que foi estudado.
Assim, ele desenvolveu uma representação gráfica da relação entre a retenção de informações adquiridas e o tempo em que elas permanecem na memória.
Como mostra o gráfico, quando se termina de estudar e entender aquele assunto, há uma retenção de 100% das informações na memória. O que é ótimo. Porém, a mente não é capaz de manter todas as informações retidas na memória, pois fica sobrecarregada. Dessa forma, para evitar isto, o cérebro se desfaz de informações de forma gradual ao longo do tempo.
É como se o cérebro estivesse apagando todas as informações que são menos “visitadas”, compreendendo que não são relevantes. E, para driblar estes efeitos é necessário estimular a memória ao longo do tempo para que as informações não sejam descartadas, isso é: fazer revisões do que foi estudado.
Dicas para memorizar o que foi lido:
Depois de entender que é completamente normal se esquecer dos conteúdos, é hora de colocar em prática algumas dicas que irão te ajudar a reverter essa situação.
Leia em voz alta
Essa é uma daquelas dicas que não se aplicam em todas as situações, mas caso você esteja lendo algum conteúdo em casa, colocá-la em prática te ajudará e muito!
Por mais estranho que pareça, falar em voz alta está entre as técnicas de memorização mais eficientes. Isso porque é muito mais fácil de guardar o que foi verbalizado do que algo que ficou apenas no plano das ideias.
Então, ainda que no começo pareça estranho, leia em voz alta e prestando atenção no que você está dizendo. Certamente isso facilitará seus estudos!
Crie associações mentais
Além de memorização, essa criação de associações também estimula a criatividade trazendo à tona a melhor forma de reter um conteúdo.
Os mapas mentais são uma maneira fácil de conectar ideias, criando uma visão geral de diferentes conexões. Essa conexão é uma das técnicas de memorização capazes de armazenar a informação por muito mais tempo.
Faça resumos
No tempo de escola os professores eram mestres em pedir resumos. Isso não era à toa! Essa prática tende a ajudar ainda mais no processo de memorização.
Então, após finalizar uma leitura, lembre-se de fazer resumos. Separe por tópicos o que você considera mais importante e, se necessário, volte a um parágrafo ou outro para estimular ainda mais essa memorização.
E, tratando-se de um livro, na hora de voltar a leitura, você pode retomar através do seu resumo, fazendo uma recapitulação antes de imergir nos próximos capítulos.
Viu só como, com dicas fáceis, é possível desenvolver a habilidade da memorização? Essa é uma excelente forma de guardar não apenas os conteúdos das provas, vestibulares ou ENEM, mas também pautas usuais no seu dia a dia como profissional.
Leia também: Vícios de linguagem e por que você deve se livrar deles?