Na hora de falar em público, muitas vezes o nervosismo vem e, com ele, o vício de linguagem começa a aparecer. Em meio ao ambiente de trabalho, evitá-los é fundamental para conseguir se comunicar melhor, passar mais seriedade e se posicionar adequadamente, seja na fala ou na escrita.
Então, se você enfrenta esse problema, acompanhe o artigo para dar os primeiros passos para amenizá-lo!
O que são vícios de linguagem?
Antes de mais nada é importante saber que os vícios de linguagem são desvios não intencionais da norma-padrão da língua. E, por essa razão, ao serem ditos acabam gerando problemas de entendimento ou ruídos na comunicação.
Eles podem aparecer no desvios de sintaxe, erros no uso de uma palavra, pleonasmo, ambiguidade de sentido, entre outros.
Ah! E eles não devem ser confundidos com as figuras de linguagem, que são técnicas estilísticas para gerar efeitos de sentido no discurso. Algumas figuras de linguagem também apresentam desvio da norma gramatical, mas essa característica é adotada de maneira intencional, ao contrário dos vícios de linguagem.
Por que é importante se livrar desses vícios?
Por atrapalharem o entendimento e trazerem consigo ruídos na comunicação, os vícios de linguagem só têm impactos negativos. Além disso, também coloca à prova a confiabilidade do profissional, seja na fala ou na escrita, podendo prejudicar a sua imagem pessoal.
Dessa maneira, saber identificar os vícios de linguagem e estudá-los é um excelente caminho para amenizá-los e dominar a Língua Portuguesa de forma excelente, característica muito valorizada no mercado de trabalho.
Conheça alguns tipos de vícios de linguagem
Se livrar dos vícios de linguagem é muito importante, como mencionado. Mas para conseguir de fato solucionar essa problemática deve-se dar um passo para trás e identificar com mais precisão onde esses vícios estão e como eles aparecem no dia a dia.
Veja alguns exemplos:
Arcaísmo:
Sabe-se que o vocabulário da Língua Portuguesa passa por algumas alterações com o passar dos anos. Nesse quesito, o arcaísmo é a manifestação, na fala ou escrita, de termos ou palavras que estão em desuso.
Um exemplo do arcaísmo é a conjugação de segunda pessoa, bem como expressões como “por obséquio”, “quiçá” ou “Vossa Mercê”.
Esse é um tópico importantíssimo de ser estudado com mais atenção principalmente para aqueles que trabalham diretamente com a escrita ou que passarão por provas de redação seja no vestibular ou ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio).
Pleonasmo:
Por mais complexa que a palavra pleonasmo possa soar, ela nada mais é do que a redundância de informações.
“Uma surpresa inesperada” é uma das situações em que o pleonasmo aparece, uma vez que para que haja uma surpresa, ela obviamente deve ser inesperada. E esse tipo de redundância na fala traz confusão, além de enrolar uma informação que pode ser passada de forma mais clara e curta.
Prestar atenção tanto na repetição de uma informação quanto de uma ideia é fundamental para manter a escrita e a fala coesas. Fuja das expressões “subiu para cima”, “desceu para baixo”, “adiou para depois” ou “viu com os próprios olhos”.
Barbarismo:
Agora, diferente do pleonasmo e do arcaísmo, o barbarismo está diretamente relacionado a pronúncia ou grafia errada de uma palavra, tanto em sua pronúncia quanto escrita.
No Brasil é comum e, inclusive, muitos até brincam dizendo que as pronúncias erradas soam mais satisfatórias. Mas, por trás dessas brincadeiras, é preciso se atentar para que essa satisfação não acabe sendo levada a sério demais. Palavras como “largata” (lagarta) ou “iorgute” (iogurte) são bons exemplos disso.
Esse vício de linguagem pode aparecer também em frases, como “Se eu o ver, aviso-o”, quando o correto seria “Se eu o vir, aviso-o”.
Já no sentido semântico, o barbarismo acontece quando se confunde uma palavra com outra, como “Eu o comprimento”, no lugar de “Eu o cumprimento”, já que o “comprimento” se refere a medida e não a saudação.
Dicas para diminuir os vícios de linguagem
Agora é hora de colocar em prática algumas dicas que irão te ajudar a diminuir esses vícios de linguagem na fala e escrita.
Por mais que algumas pessoas acreditem que no ambiente profissional devem usar um vocabulário complexo, recheado de palavras difíceis para serem levadas a sério. A verdade é que o simples funciona e o mais importante é garantir que as pessoas entendam o que você está dizendo. Então se esses termos complexos não acrescentam em nada, evite-os. Assim, você foge de uma pronúncia errada dos mesmos e diminui os ruídos na comunicação.
Outra dica é para o uso de palavras e expressões em uma língua estrangeira. Sabe-se que o mundo corporativo está cheio de termos em inglês, mas tudo bem se você não souber pronunciá-los adequadamente.
Traga essas expressões de forma traduzida durante sua fala e, se não houver nenhuma tradução, sinta-se à vontade para arriscar falar no inglês mesmo e explique aos seus ouvintes o que ela quer dizer de forma simples.
Por fim, uma dica valiosíssima para vencer qualquer obstáculo na fala e escrita é ler constantemente! Consumir informações e treinar sua mente a receber a escrita correta das palavras é maravilhoso para ampliar o seu vocabulário e afiar a sua gramática.
Assim, você estará mais preparado para enfrentar um discurso, apresentação ou produção de qualquer texto.
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