O Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) funciona de maneira diferente dos vestibulares tradicionais, algo que costuma assustar boa parte dos estudantes. Em especial, isso se deve à metodologia usada no cálculo da nota.
Ainda assim, esse não precisa ser um problema. O fato é que entendendo como a nota é calculada, você tem como estimar melhor o seu desempenho.
No fim das contas, o que o Enem quer é valorizar os candidatos que demonstram domínio no maior número possível de temas, diferenciando-os dos demais.
A prova conta com uma redação e 180 questões de múltipla escolha. O grande diferencial se dá na avaliação, realizada em função do chamado TRI, que é a sigla para “Teoria de Resposta ao Item”. É sobre isso que vamos tratar na sequência. Confira!
TRI – Teoria de Resposta ao Item
Em geral, os vestibulares somam as questões acertadas pelos alunos para assim atribuir a eles uma nota. Essa metodologia costuma ser bastante simples e agilizar correções de processos seletivos.
No entanto, quando se trata do Enem, é preciso ter em mente o grande volume de participantes e o grau de concorrência de cada vaga. Sendo assim, quanto maior for a precisão nas correções, maiores serão as condições de diferenciar os concorrentes e gerar resultados mais justos.
Em função dessa necessidade, o sistema funciona da seguinte maneira: primeiro, o TRI atribui pesos diferentes para cada questão, de acordo com a dificuldade associada a ela. Posteriormente, confere a coerência do candidato, avaliando se existe domínio em relação ao tema. Esse sistema de coerência classifica o estudante como:
- aquele que sabe pouco;
- aquele que reúne bons conhecimentos;
- o que sabe muito sobre o tema.
Logicamente, se o candidato reúne bons conhecimentos sobre um tema, a tendência é que ele acerte as questões fáceis e médias e algumas das difíceis que compreendem esse assunto. Já o que tem muito conhecimento vai acertar todas as fáceis e médias e muitas das difíceis.
Se essa lógica se confirmar, ou seja, se o candidato for avaliado de uma maneira coerente pelo TRI com seus resultados, ele terá uma pontuação entre boa e excelente na prova, ainda que não acerte todas as questões.
É por conta dessa estimativa que o TRI consegue “adivinhar” os chutes do estudante. Pois, usando a lógica, não faz sentido o candidato ir bem nas perguntas fáceis, mal nas médias e muito bem nas difíceis.
Logo, ao identificar essa aleatoriedade, o TRI atribui uma nota menor ao participante, considerando sua falta de coerência na avaliação.
E a redação do Enem?
Além da parte objetiva da prova, existe também a redação, que é calculada de maneira independente do TRI. Esta é a que mais se aproxima dos vestibulares tradicionais por ser analisada manualmente.
No Enem, existem ao menos dois avaliadores para cada prova. Além disso, é importante destacar que eles não se comunicam sobre as provas que examinam.
Cada exame chega de maneira anônima ao avaliador que faz a sua análise e atribui uma nota de 0 a 200 pontos para cada um dos 5 itens obrigatórios, que são:
- o domínio do tema;
- o domínio da norma culta da língua;
- a organização lógica das ideias;
- a coerência do texto;
- a proposta de intervenção social.
Somando cada um dos itens, temos um máximo de 1000 pontos que o candidato pode conseguir com sua redação.
Feita a primeira correção, a soma gera uma nota prévia. Então é realizada a segunda avaliação, na qual o processo se repete, mas por outro examinador. Ao ser concluída essa etapa, as duas notas são enviadas para o sistema, onde são somadas e divididas por 2, gerando uma média que será a nota final da redação.
Havendo uma diferença grande entre as duas notas – por exemplo, caso um dos analistas dê 200 pontos para coerência e outro dê 0 – é preciso que um terceiro examinador faça sua análise final.
A nota final do aluno
O seu resultado final no Enem começa a ser calculado a partir da soma das suas pontuações. São consideradas as quatro provas objetivas (Linguagens e Códigos, Ciências da Natureza, Matemática e Ciências Humanas) e a redação.
Perceba que a redação tem o mesmo peso que o de uma prova objetiva. Dividindo o resultado por 5 você terá a sua pontuação geral no Enem.
A grande diferença em relação aos demais vestibulares é que a nota oficial do Enem só pode ser calculada pelo INEP, um instituto vinculado ao Ministério da Educação. Então, você não tem como saber ao certo seu resultado antes da divulgação. Ainda assim, é possível mensurar seu desempenho comparando com o TRI médio nacional.
Enfim, o mais importante é entender que o Enem valoriza mais o domínio em relação a um tema do que o acerto de uma ou outra questão, diminuindo o efeito da famosa técnica do chute. Fique atento a isso na sua preparação e procure chegar pronto no dia da prova.
Com uma boa nota no exame, você concorre a vaga nas melhores instituições de ensino superior do país! E claro, a Unigran EAD não fica de fora.
Através do Programa Universidade para Todos (Prouni) do Ministério da Educação, por exemplo, as bolsas de estudo são integrais ou parciais (50%). Mas para isso é preciso ficar atento as datas de inscrição no site oficial do Prouni.
Não sabe como vai funcionar o cronograma de 2022? Fique tranquilo! Nós, da Unigran EAD, separamos todas as informações importantes para que você fique por dentro de tudo e não perca a chance de dar um novo passo na sua carreira. Clique aqui para saber como vai funcionar o Prouni em 2022!