A preocupação com a emissão de gases poluentes, efeito estufa e suas consequências ambientais já são pauta de reuniões por todo o mundo. Para reverter os prejuízos causados ao meio ambiente, foi criado o Mercado de Carbono e medidas como a Neutralização e o Crédito de Carbono foram implementadas.
Se você ainda não está por dentro desse tema, venha entender como funciona esse mercado e sua importância.
Como surgiu o Mercado de Carbono?
O interesse em buscar maneiras mais sustentáveis de desenvolvimento não é uma novidade. Os debates sobre os cuidados ambientais já estão presentes entre os grandes líderes há muitos anos.
Exemplo disso é o Protocolo de Kyoto, um tratado internacional realizado em 1997, no Japão. Nele, o objetivo era estabelecer um acordo para a redução da emissão de gases, principalmente, o gás carbônico.
Tendo em vista a contenção dos avanços do efeito estufa, o tratado, que entrou em vigor apenas em 2005, determinava algumas metas de redução de carbono para os países desenvolvidos. Assim, era esperada uma baixa nos níveis de emissão, em comparação com aos números apresentados no ano de 1990.
Desse modo, enquanto as nações industrializadas tinham metas específicas definidas pelo tratado, os outros países, considerados menos desenvolvidos, podiam participar de forma voluntária.
No entanto, considerando os avanços nos níveis de produção, que após a Revolução Industrial e ascensão de novas tecnologias, nos levaram rumo a uma nova era de consumo cada vez mais desenfreado, era de se esperar que os objetivos impostos à alguns países não fossem atingidos com facilidade.
Assim, alguns mecanismos de flexibilização foram implantados, como os créditos de carbono. Eles permitiriam a comercialização desses créditos entre os países ou organizações que alcançaram suas metas de redução e os que não conseguiram atingi-las.
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O que são os Créditos de Carbono?
Portanto, os créditos de carbono são uma espécie de moeda dentro do mercado de carbono.
Ou seja, sempre que uma empresa ou organização reduz sua emissão de carbono em 1 tonelada, ela ganha um crédito negociável. Esse crédito leva a certificação do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL).
Logo, quando um país ou empresa não consegue fazer a redução da sua emissão de gases, extrapolando os limites estipulados, ela pode realizar a compra do crédito de alguma outra nação ou instituição que tenha conseguido atender a meta de redução.
Neutralização de carbono
Ainda nesse contexto temos também a neutralização. Ela ocorre através da captura do dióxido de carbono que já está solto na atmosfera.
Existem muitas técnicas para a realização da neutralização, no entanto, antes de chegar na execução, é preciso elaborar um inventário de emissão de gases. Nele é calculado a quantidade de gases emitidos, seja através da fabricação, transporte, consumo de energia ou mesmo geração de resíduos.
Com esse valor em mente, fica mais fácil verificar as alternativas para a neutralização.
O método mais comum é através do replantio de árvores, realizando o reflorestamento de áreas degradadas, por exemplo.
Quanto vale um crédito de carbono?
Cada uma dessas unidades de crédito tem o valor médio de US $37, mas essa precificação pode variar, e muito, dependendo do mercado onde o crédito será negociado.
Existe, ainda, um instituto de monitoramento da precificação do carbono, o Observatório de Bioeconomia do Instituto Getúlio Vargas, onde é possível verificar diariamente o valor de um crédito de carbono.
Como gerar créditos de carbono?
Como já falamos anteriormente, cada crédito gerado representa 1 tonelada de dióxido de carbono que deixou de ser emitida.
Por isso, além da compra, também é possível obtê-los através da redução da emissão de gases, a adoção de fontes renováveis de energia, o reflorestamento, dentre outros.
Um profissional que está bastante envolvido com esse objetivo e que tem papel fundamental no que diz respeito à sustentabilidade, é o engenheiro ambiental.
Podendo atuar na elaboração dos licenciamentos ambientais, esse profissional é essencial para o desenvolvimento das organizações de maneira responsável e com os menores impactos possíveis ao meio ambiente.
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