Chega ser irônico a escritora considerada “Rainha do Crime” ter sido dada como desaparecida em 1926, não? Mas, por trás de toda essa situação havia uma justificativa, obras que viriam a ser criadas tendo-a como inspiração e eternos questionamentos acerca do desaparecimento de Agatha Christie.
Acompanhe o artigo para saber como tudo isso aconteceu!
O ano era 1926…
Um dos anos mais marcantes na vida da escritora Agatha Christie e não por um estouro de vendas ou prêmios por suas obras, mas sim, porque em dezembro daquele ano ela desapareceu por onze dias.
Deixando para trás pistas desconexas, o sumiço da autora gerou grande alvoroço na imprensa e tornou-se um dos assuntos preferidos da comunidade londrina da época, que se inflamava a cada nova pista. Onde estaria a Rainha do Crime?
Onde tudo começou?
Antes de Christie ser dada como desaparecida, a história começou de uma forma inimaginável e que os próprios policiais se quer relacionaram a um sumiço de alguém tão importante.
No dia 4 de dezembro de 1926, a polícia de Londres encontrou um veículo que bateu contra uma árvore nas proximidades da cidade de Guildford.
Ainda que com danos mínimos no carro, os documentos do automóvel confirmaram que o mesmo estava no nome de Archibald Christie, esposo da autora.
As autoridades, como parte do protocolo, foram até a casa do proprietário e perceberam que o veículo, na verdade, era da esposa dele, Agatha Christie.
Foi nesse momento que as pistas começaram a surgir e a criar um cenário cheio de dúvidas e teorias. Isso porque, na noite anterior, pouco antes das 21h, a icônica escritora havia saído e ninguém sabia o seu paradeiro até o presente momento.
A partir disso, as investigações começaram e de forma intensa, até porque, o mistério tinha como vítima uma escritora mundialmente conhecida.
Logo de cara a polícia descartou as opções de rapto ou sequestro, já que não encontrou nenhuma nota, bilhete ou pedido de resgate.
E, não demorou muito para que a pista que mudaria tudo surgisse e trouxesse novas teorias à tona. Archibald Christie estava tendo um relacionamento secreto com Nancy Neele!
Então, para a polícia, ele se tornou o principal suspeito do desaparecimento da autora.
O desaparecimento ecoou em toda Londres!
Em toda Londres não se falava em outra coisa senão o desaparecimento de Agatha Christie.
Os britânicos passaram a acompanhar o caso nos jornais como quem lê um livro, cheios de ansiedade para chegar ao fim e entender quem era o culpado do crime, as motivações do mesmo e o que mais fosse possível descobrir.
Por outro lado, a família de Agatha estava desesperada e pressionava a polícia ao máximo para que o caso fosse concluído logo.
Uma curiosidade é que até o escritor Arthur Conan Doyle, criador de Sherlock Holmes, tentou ajudar nas investigações.
Apenas dez dias depois de tantas teorias e suposições, Agatha Christie foi encontrada. Segundo a pista de um músico, descobriu-se que ela estava hospedada em um hotel de luxo em Harrogate, registrada com o nome de Teresa Neele, o mesmo sobrenome da amante de Archibald.
Aos funcionários daquele hotel, a escritora se apresentava como uma pessoa totalmente diferente, inclusive disse ter vindo da África do Sul.
Em todo caso, parecia o fim de toda aquela agonia!
As versões do crime
Mas o que poderia ser um encerramento calmo e com respostas, gerou ainda mais burburinho quando Agatha pareceu muito confusa ao reencontrar seu marido após todo episódio misterioso.
Além de tratá-lo como um irmão, a autora ainda viu a foto de sua única filha e pensou se tratar de um menino.
Comportamentos esses geraram estranheza nos policias que, futuramente, viriam a receber a informação da família de que Christie havia perdido a memória em decorrência do acidente com o carro.
A família levou-a a um psiquiatra, mas o mesmo nunca chegou a qualquer diagnóstico que comprovasse as teorias da família de sua perda de memória.
Agatha, por sua vez, nunca revelou as razões de seu desaparecimento, o que acabou alimentando outras versões do ocorrido.
Segundo boatos, ela teria planejado uma vingança contra o marido traidor. Outros sugeriam que o sumiço foi uma estratégia para aumentar as vendas de seus livros.
Existia também uma teoria mórbida que dizia que Agatha havia tentado se matar naquele dia 3 de dezembro. Contudo, nenhuma das muitas versões que circulavam por Londres foi comprovada.
A arte imita a vida:
O acontecimento serviu como base para o livro “O mistério de Agatha Christie”. Nele, a escritora Marie Benedict especula sobre o que a Rainha do Crime teria feito nesse período de desaparecimento.
Misturando fatos com construções ficcionais, essa é uma obra ideal para os fãs da autora que amam criar teorias.
O livro aborda sobre como Agatha conheceu seu marido, como se tornou escritora e como se dava o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, sobretudo em uma época considerada hostil às mulheres que ousavam sonhar para além dos limites domésticos.
Por fim, ao que parece, da mesma forma que cativava o seu público com livros cheios de teorias, Agatha viveu uma de suas próprias histórias abalando Londres por completo e deixando para trás um mistério que nem mesmo Hercule Poirot (personagem criado pela autora) fora capaz de resolver.
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