Conquistar a casa própria é o sonho de milhões de brasileiros, sobretudo ao pensar que o preço médio do aluguel vem sofrendo sucessivos aumentos.
Apenas no acumulado dos últimos 12 meses o IGPM (índice oficial que indexa o reajuste dos aluguéis) teve aumento de 18%. Enquanto isso, a rendimento das famílias, na contramão desse movimento, sofre depreciação.
Para quem deseja se livrar desse custo fixo tão significativo para maioria das pessoas, este artigo apresenta algumas dicas relevantes, que merecem ser consideradas.
Abaixo estão orientações de como organizar seu orçamento para adquirir seu imóvel próprio, entre outras informações sobre o tema. Acompanhe.
Encontre o perfil de imóvel que caiba em seu orçamento
O primeiro passo para quem deseja sair do aluguel é projetar qual tipo de imóvel deseja adquirir e qual o seu preço médio. Com base nesse valor é possível planejar a “engenharia financeira” necessária para alcançar o objetivo almejado.
Caso o investimento corresponda a R$ 250.000,00, por exemplo, você organizará suas finanças com o foco nessa “meta”. Vejamos, nos tópicos seguintes, como fazer isso.
Adeque receitas e despesas para poupar o máximo que puder
Quando o objetivo é realizar um investimento significativo como o de adquirir um imóvel, nada mais indicado que organizar as próprias finanças para poupar o máximo possível mensalmente. Como você tem planejado seu orçamento? Poupar com consistência já é uma realidade para você?
Caso sua resposta seja não, vale conferir algumas de nossas dicas sobre organização financeira:
- Identifique com precisão todos os seus centros de custo, com a preocupação de categorizar as despesas entre fixas e variáveis. Enquanto o primeiro grupo corresponde àqueles gastos que não variam de forma significativa (aluguel, IPTU, luz, telefone e internet), o segundo diz respeito aqueles que variam (lazer, viagens, gastos médicos).
- Estime qual o percentual de suas receitas deve ser mobilizado para fazer frente a esses gastos e qual o percentual poderá ser poupado.
Nessa avaliação, caso você identifique que quase a totalidade de seus ganhos é utilizado para custear suas despesas, é hora de repensar alguns gastos e até seu padrão de vida.
Os gastos com aluguel, por exemplo, por se tratar de um grande centro de custos, merecem ser reavaliados caso você perceba que pode encontrar uma opção de imóvel com melhor custo-benefício.
O ideal, como manda toda boa cartilha de controle financeiro, é poupar mensalmente, no mínimo, 10% de seus rendimentos. Para quem pensa em sair do aluguel o mais breve possível, o recomendado é chegar ao dobro disso, isto é, 20%.
Invista em proporção suficiente para cumprir seu objetivo
Depois de estabelecer qual o perfil de imóvel você está em busca, chegando a um valor médio, e organizar suas finanças, é hora de planejar qual proporção de seus rendimentos será destinada para aquisição do imóvel.
Quanto a isso, uma consideração importante: como a compra à vista é uma realidade distante para maioria das pessoas, é válido considerar como meta o valor de uma entrada do imóvel.
Tomando como parâmetro o investimento de R$ 250.00,00, um valor razoável de entrada giraria em torno de R$ 100.000,00, cerca de 40% do valor imóvel. Esse é o percentual exigido pela maioria das instituições bancárias para acesso a taxas de financiamento mais vantajosas
Dessa maneira, quem pretende poupar apenas o valor da entrada, deve ter como parâmetro esses percentuais. Isso porque uma proporção menor que essa pode tornar tudo mais caro.
Estabeleça metas de médio e longo prazo
Seja no trabalho, nos estudos ou em qualquer outro tipo de atividade, as metas servem como fatores de motivação. No momento de poupar para sair do aluguel, essa relação não será diferente. Por isso, pense em metas anuais ou semestrais para chegar ao seu objetivo.
Para quem conta com uma renda familiar de cerca de cinco salários mínimos (R$ 5.000,00) e pensa em acumular R$ 100.000,00 para entrada em um imóvel de até R$ 250.000,00, uma sugestão de meta gira em torno de R$ 10.000,00 anuais.
Mensalmente, esse valor corresponde a 16% da renda familiar. Se aplicado a uma taxa anual de 10% ao ano, pode te deixar mais perto de conquistar a casa própria.
Poupando R$ 10.000,00 ao ano, a essa taxa de remuneração anual, você terá acumulado, em oito anos, cerca de R$ 120.000,00.
Com esse retorno, além de custear a entrada no valor de R$ 100.00,00, você contará com uma reserva financeira para pagamento de impostos e registro do imóvel. Esses custos, em média, giram em torno de 5% do valor venal do imóvel.
Encontre a melhor linha de financiamento para seu perfil financeiro
O melhor cenário sempre será realizar o aporte de 100% do valor do imóvel, dado que as linhas de financiamento estão atreladas a juros, muitas vezes, pouco amigáveis.
No entanto, como já foi destacado, essa não é uma possibilidade para a grande maioria das famílias.
Por isso, um caminho razoável para sair do aluguel é o aporte de 40% e financiamento do saldo devedor em até 420 meses. Por esse arranjo e tomando, mais uma vez, como parâmetro os valores dos tópicos anteriores, quem sonha em sair do aluguel com uma renda de cerca de R$ 5.000,00 teria em, aproximadamente, oito anos o valor correspondente para a entrada e contratação do financiamento.
Via bancos públicos, como a Caixa Econômica Federal, quem já tem relacionamento bancário com a instituição e apresenta bom perfil financeiro poderá acessar o crédito que precisa a taxas de 4% ao ano.
Um bom perfil inclui renda compatível com o valor a ser financiado e histórico positivo nos cadastros de proteção de crédito.
Dessa forma, o saldo devedor de R$ 150.000,00 poderia ser quitado em até 420 meses (35 anos), com o valor inicial das parcelas girando em torno de R$ 700,00 pelo sistema de amortização SAC.
Para quem considera esse tempo muito estendido, existe a opção de contratar o financiamento em menor prazo. No entanto, ainda existe a opção de amortização do saldo devedor por meio de aportes periódicos que podem, inclusive, levar a diminuição dos juros.
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