Você sabe identificar as vozes do mundo? A natureza apresenta diversos fenômenos climáticos comuns, como as chuvas, porém entrega outros um tanto incomuns, como os ciclones.
A relação da natureza e do homem tem sido muito conturbada, deixando os meteorologistas cada vez mais preocupados, além de causar destruição.
Continue lendo e descubra o que o céu está querendo nos dizer por meio dos fenômenos climáticos.
O que é clima? O que é tempo?
Primeiramente, vamos entender o que é clima: o clima é o comportamento das condições da atmosfera em um determinado local. É composto por um conjunto de condições meteorológicas que se sucedem e repetem-se ciclicamente ao longo de alguns meses ou anos.
Pode-se definir o clima como as configurações mais ou menos permanentes, diferentemente do tempo, que são as condições naturais momentâneas do ar. Ainda que muitas vezes usados como sinônimos, tempo e clima são expressões distintas.
Ao caracterizar o clima de uma determinada região, temos um panorama geral sobre chuvas, estações, temperaturas médias e demais fenômenos climáticos de forma anual.
Em contrapartida, temos o tempo que irá estabelecer apenas a sensação momentânea de um determinado local, se irá chover naquele dia ou se previsão é de calor, entre outros aspectos de curto prazo.
Como um elemento da atmosfera, o clima tem características distintas dependendo da localização no mundo, portanto há diferentes tipos de clima. Responsáveis pela influência direta das condições de temperatura, pressão atmosférica, umidade do ar e precipitações, esses fatores climáticos são divididos em cinco principais, listados abaixo.
Fatores climáticos:
Como vimos anteriormente, apenas a partir de um conjunto de fatores climáticos é possível determinar o clima de um local. São eles:
Latitude
Interfere na incidência de raios solares recebidos por aquela região, ou seja, latitudes próximas ao Equador recebem uma maior quantidade de raios solares, consequentemente, são lugares mais quentes. Já nos casos em que a Latitude está mais afastada do Equador, as temperaturas tendem a ser mais baixas. A Latitude é responsável pela diferenciação de zonas climáticas: tropical, polar e temperada.
Altitude
Quanto maior a altitude, menos denso se torna o ar. Nesse caso, a temperatura é mais baixa, porque nessas condições as moléculas de ar não retém calor ou umidade. Se a altitude estiver mais próxima ao nível do mar, maiores serão as temperaturas.
Massas de ar
Responsável em definir as porções de ar, as massas podem ser continentais e marítimas; quentes e frias; e equatorial, tropical, ártica e antártica e polar. Assim, a classificação é feita pela temperatura, local de origem e latitude.
Essas influenciam diretamente no clima de cada região. Em regiões tropicais e equatoriais há presença de massas de ar quente, enquanto as frias formam regiões polares.
Continentalidade e Maritimidade
Responsáveis pela variação na umidade, esses termos designam a proximidade de um local do mar. Por isso, interferem diretamente na temperatura de uma determinada região. Lugares com influência da continentalidade, tem menor umidade e maior é a amplitude térmica. Já no caso da maritimidade, a proximidade que algumas áreas possuem do mar, provoca grandes mudanças em seus climas e consequentemente, mais umidade e menos amplitude térmica.
Correntes Marítimas
As porções de água que fazem o movimento de descolamento nos oceanos. Essas correntes podem se dividir entre as quentes e frias. No caso das quentes, as massas de água deslocam com destino às zonas polares. Já nas frias, as correntes marítimas migram para as regiões equatoriais. Contudo, ambas têm poder de interferir na temperatura atmosférica.
Climas do Brasil
Equatorial
As regiões próximas à linha do equador tem temperaturas mais elevadas e grande concentração de umidade.
Tropical
Tem duas estações bem definidas. A seca ocorrente entre maio e setembro, enquanto a chuvosa acontece de outubro a abril. Os índices pluviométricos giram em torno de 1.000 a 2.000 mm.
Subtropical
Grande amplitude térmica e chuvas bem distribuídas durante o ano. Há quedas de temperatura no inverno e no verão as temperaturas são parecidas às do clima tropical.
Semi-árido
Altas temperaturas, chuvas escassas e mal distribuídas pelo território.
Tropical litorâneo
Temperaturas mais altas e possui uma melhor distribuição de chuvas durante o ano.
Tropical de altitude
Chuvas de verão e uma temperatura mais baixa que raramente ultrapassa 30°C. O inverno é relativamente frio e a amplitude térmica anual não é elevada.
Fenômenos climáticos
Ciclones
Os ciclones são grandes massas de ar carregadas de umidade e que acontecem, principalmente, sobre os oceanos que se localizam em regiões tropicais. Representam grandes massas de ar que, em um movimento giratório, podem se deslocar de uma região para outra.
Classificados segundo a sua origem, intensidade, formato e circulação do ar, os ciclones podem se subdividir em até quatro fenômenos climáticos:
- Tropical: Acontecem em regiões de clima tropical, com altas taxas de umidades e temperaturas elevadas acompanhada de chuvas repentinas.
- Extratropical: Ocorrem fora da faixa tropical, nas regiões que apresentam latitudes médias e normalmente acompanhada por fortes tempestades.
- Subtropical: Sempre acompanhado por ventos, ocorre em regiões de clima subtropical e faz uma junção entre as características do tropical e extratropical.
- Polar: Acontece em locais de clima polar, baixas temperaturas e dependendo da região que se desenvolve, pode ser chamado de ciclone ártico ou ciclone antártico.
Maremoto
O maremoto é um abalo sísmico que acontece no solo do oceano pela movimentação nas fronteiras das placas tectônicas, por meio de erupções vulcânicas ou deslizamentos de terras submersas. Essa movimentação gera os conhecidos tremores de terra que provocam agitação nas águas do oceano e dão início a ondas gigantes, intensas e destrutivas.
A real causa desse fenômeno climático está relacionada às atividades das zonas de encontro entre duas placas tectônicas que são blocos rochosos responsáveis pela composição da crosta terrestre. A Terra está dividida entre quatorze principais placa e suas movimentações podem causar não apenas um maremoto, mas também formação de montanhas, fossas oceânicas, atividades vulcânicas e terremotos.
É comum associarem maremoto e tsunami como sinônimos, porém isso não é correto, tendo em vista que o tsunami é um dos efeitos de um maremoto. A onda, considerada tsunami, deve ser muito maior em relação ao seu comprimento. Uma onda normal possui o comprimento de 100 metros, enquanto que um tsunami pode chegar a 100 quilômetros.
Nevasca
Conhecida por aparecer em filmes americanos, a nevasca é um fenômeno climático que apresenta uma tempestade com grande queda de neve de forte intensidade. Para que ela aconteça, é necessário que haja uma condição de baixa temperatura na nuvem – inferior a 0ºC. Dessa forma, o vapor na nuvem se condensa, cristais de gelos são formados e ao se juntar, congelam a água adquirindo peso suficiente para cair na superfície.
Acontece principalmente em áreas montanhosas e de altitude ou latitudes elevadas. A nevasca caracteriza-se como uma condição meteorológica severa com ventos de 60km/h ou mais, grande quantidade de neve e restrição da visibilidade principalmente para motoristas.
Inversão térmica
Caracteriza-se pela inversão da posição de camadas de ar quente e frio. Consequentemente nesses casos, o ar passa a ter dificuldade em circular. A inversão térmica acontece principalmente em ambientes urbanos e é considerado um grande problema ambiental, porque sua manifestação dificulta a dispersão dos poluentes e gera acúmulo de poluição nas cidades.
Muitas são as consequências para o ser humano, doenças respiratórias, irritação nos olhos e, em alguns casos, até intoxicações. Contudo, há como minimizar esses sintomas com redução de queimadas, fiscalização de indústrias e utilização de biocombustíveis.
El Niño e La Niña
O El Niño resume-se no aquecimento atípico das águas do Oceano Pacífico. Esse fenômeno climático influencia a alteração do clima global com modificações nos padrões do vento e atingindo as frequências de chuva.
Já o La Niña, atua nos padrões opostos. É o esfriamento das águas de forma anormal no Oceano Pacífico. Também interfere no vento e chuvas nas regiões tropicais e de latitudes médias. Contudo, vale ressaltar que os ventos gerados pelo La Niña são mais fortes e tem consequência mais severas para a população, cidade e produtividade nas lavouras.
Há diferentes impactos desses fenômenos climáticos nas regiões do Brasil. No caso do El Niño podemos destacar:
- Norte: Redução de chuvas e risco de incêndios florestais.
- Nordeste: Seca intensa nas áreas centrais.
- Centro-oeste: Aumento de chuvas e da temperatura.
- Sudeste: Aumento da temperatura média.
- Sul: Chuvas acima da média e temperaturas elevadas.
Analisando os impactos do La Niña, temos:
- Norte: Aumento de chuvas e cheias dos rios.
- Nordeste: Enchentes principalmente no litoral nordestino.
- Centro-Oeste: Secas e poucas alterações na temperatura ou chuva.
- Sudeste: Uma área sem registros de grandes impactos.
- Sul: Forte seca causando prejuízos no campo.
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